Mito dos medicamentos
Algumas pessoas acreditam que as bebida alcoólicas cortam o efeito dos medicamentos, e por causa disso a combinação seria proibida. Só que não é bem assim: na maioria dos casos, o álcool não interfere na ação dos remédios. Porém basta exagerar no número de copos para comprometer a ação de um antibiótico. "Como o álcool tem efeito diurético, o corpo elimina o medicamento pela urina, impedindo que permaneça no sangue num nível de concentração elevado o suficiente para matar a bactéria causadora da doença", diz o infectologista Renato Grinbaum. Outro risco é sobrecarregar o organismo com a dupla tarefa de metabolizar remédios e bebidas. "Alguns princípios ativos dos medicamentos são metabolizados por enzimas produzidas pelo fígado, que também tem a função de processar o etanol", diz Grinbaum. Existem dois tipos de antibióticos que não devem ser misturados com bebidas: o metronidazol e o tinidazol, usados para combater infecções ginecológicas e gástricas. "A interação dessas substâncias com álcool pode provocar dor de cabeça, queda da pressão e até desmaios", diz o clínico geral Silvio Donatangelo. Mas o perigo mora mesmo na mistura do álcool com drogas para tratamento de problemas neurológicos e psiquiátricos. Além de ter efeito depressivo sobre o sistema nervoso central, o álcool pode potencializar a ação de certas substâncias, elevando o risco de perda da coordenação motora e mental.
Algumas combinações são bem inofensivas.
Antibióticos
Usados para tratar infecções. Um ou dois copos de vinho ou cerveja não cortam seu efeito. Mas álcool em excesso pode, sim, comprometer a sua ação.
Antidepressivos
Usados no tratamento da depressão e dos transtornos obsessivo-compulsivos (TOC) e do pânico. Doses moderadas de álcool não causam problemas para quem toma antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de serotonina,
Analgésicos ou Antiinflamatórios
Misturar álcool e cerveja não vai afetar o efeito do remédio. Mas,