Mito do livro Preconceito Linguístico

614 palavras 3 páginas
O lugar onde melhor se fala o português é o Maranhão

Não se sabe onde esse mito se iniciou, mas ele se sustenta pelo fato de que o português falado no Maranhão se assemelha com o português falado em Portugal. Nesse Estado usa-se com regularidade formas verbais do tipo: “tu vais” “tu queres”, “tu dizes”, etc, ao contrário do que se utiliza em grande parte do Brasil, onde o “tu” é substituído pelo pronome “você”. Entretanto, no Maranhão, como em todo o canto do país, nem tudo é dito da forma culta, ou seja, há certas irregularidades na fala da população, como por exemplo, a utilização de “esse é um bom exemplo para ti ler”, ao invés de “para tu leres”.
Não existe nenhuma variação da língua que possa ser considerada mais bonita, pura ou correta do que outra, pois são resultado de diferentes processos históricos. Todas elas atendem a necessidade da comunidade que a empregam. Quando deixam de ser eficazes na comunicação, naturalmente entram em processo de mudança e adaptação as necessidades.
Também é importante salientar que a linguagem coloquial sofre pequenas variações e desvios constantes. Essa mudança faz com que a forma culta de escrita e fala se distancie cada vez mais da forma coloquial, caso não acompanhe essas modificações. Por conta desse “engessamento” e da lentidão com que a norma culta se adapta ao razão ficam distantes de grande parte da população que quase não tem contato rotineiro com ela.
Reafirmando a ideia de que a afirmação inicial é um mito, Pasquale Cipro Neto, em entrevista a Veja (10/9/97) critica a ideia e afirma que é “pura lenda”. Porém, na mesma entrevista, ele diz que o carioca, em média, expressa melhor a norma culta, e que a pronúncia dos paulistanos é “esquisita”. Essa postura não é suficientemente embasada, visto a falta de embasamento e argumento científico rigoroso pra fazer essa afirmação. Não se pode generalizar, visto a gigantesca população de São Paulo e do Rio de Janeiro que são muito maiores que a de muitos países, e a

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