Missão
A executiva Michelle Gadsden-Williams, líder global de diversidade e inclusão da Novartis, conta como o assunto é tratado prioritariamente no complexo farmacêutico e afirma que a empresa que não tem essa preocupação está definitivamente fora do mercado
Por Isabella Jaggi
Falar em inclusão e diversidade é fácil. O difícil é incluir tais temas, de verdade, na gestão de uma empresa, algo que exige muita determinação e total engajamento, principalmente do alto comando. É o que afirma a americana Michelle Gadsden-Williams, vice-presidente e líder global de diversidade e inclusão da companhia farmacêutica Novartis, uma gigante que emprega 92 000 funcionários em 140 países. Debruçada há 20 anos sobre questões relacionadas à diversidade e à inclusão no mundo corporativo, Michelle afirma ter verdadeira paixão pelo tema. A executiva, de 41 anos, doutora em psicologia organizacional, esteve recentemente no Brasil para participar de um fórum de diversidade e inclusão na América Latina, realizado em São Paulo. Em entrevista concedida na ocasião, falou sobre a importância do tema na atualidade e mostrou o caminho das pedras que, em sua opinião, deve ser seguido por uma empresa verdadeiramente disposta a adotar uma gestão diversificada e inclusiva.
Diversidade e inclusão são áreas ainda não desbravadas por muitas empresas. Desde quando a senhora se interessa pelo tema e como chegou à posição atual na Novartis?
Comecei minha carreira na área de marketing, o que me permitiu viajar o mundo todo, mas sentia que minha alma não estava preenchida. Fui para outra empresa e entrei em um programa que possibilita conhecer várias áreas da companhia. Uma das minhas paradas foi no departamento de RH. Na época, o diretor da área articulava a criação de um programa de diversidade e inclusão na empresa. Fui designada para ajudá-lo. Isso faz 20 anos e, desde então, trabalho com o tema. Estou na Novartis desde 2002, quando fui contratada para gerenciar a área