miomas
Os miomas são neoplasias da musculatura lisa de aspecto nodular, formados por fibras entrecruzadas e por tecido conjuntivo fibroso de permeio. São de aspecto geralmente homogêneo, fasciculados, firmes e brancacentos. Geralmente são múltiplos.
É a neoplasia uterina mais frequente, sendo que 1 em cada 4 mulheres em idade fértil apresenta leiomioma. Estima-se que 50% das mulheres vão apresentar mioma em alguma fase da vida. Pode aparecer após a puberdade e atinge seu pico de incidência na quarta década da vida.
Dados mostram ser mais comuns em mulheres da raça negra, nulíparas e em pacientes portadoras de síndromes hiperestrogênicas.
Etiopatogenia
Fator inicial (transformação neoplásica) não está bem definido. Fatores: aumento do estrogênio, progesterona e hormônio do crescimento (GH). A predisposição genética é fundamental no aparecimento e na modulação do crescimento do leiomioma. O tecido leiomiomatoso possui diminuição da atividade da enzima 17 B-hidroxidesidrogenase, que transforma estradiol em estrona, permanecendo sob maior estímulo estrogênico do que a célula muscular lisa normal.
Dados que confirmam a influência do estrogênio: aparecimento no menacme, aumento com o fornecimento de estrogênio exógeno, crescimento na gestação e diminuição após a menopausa. O GH atua de forma sinérgica ao estrogênio. A progesterona antes considerada inibidora, hoje sabe-se que é estimuladora do crescimento, pois propicia maior atividade mitótica, como na fase lútea.
Classificação
Volume:
Pequenos: o fundo uterino não ultrapassa a sínfise púbica.
Médios: o fundo estaá entre a sínfise e a cicatriz umbilical.
Grandes: o fundo uterino ultrapassa a cicatriz umbilical.
Topografia:
Cervicais (3%): responsáveis por infecções e sinusorragias.
Ístmicos (7%): podem causar sintomas urinários e dor.
Corporais (91%): de assintomáticos (mais comum) até grandes hemorragias.
Camada:
Subserosos: camada externa do útero, podem se sésseis ou pediculados. Os