Ministros Ou Artistas
Músicos Cristãos: Ministros ou Artistas?
Flávio Santos
Há algum tempo escrevi um artigo sobre música em que explico a minha visão de compositor sobre música, pelo qual recebi elogios e críticas. Passado algum tempo, tenho novas reflexões sobre música e seu papel na igreja as quais gostaria de compartilhar com vocês.
Em 1977, quando eu ainda cursava a oitava série do primeiro grau, conheci os Herige Singers e meu interesse pela música foi despertado. Naquela época a música religiosa Brasileira se resumia a Arautos do Rei, Del Delker, Alfredo Arruda, Manuel Escórcio, Vencedores por Cristo, Luiz de Carvalho, Denise,
Zilda Azevedo e outros poucos nomes.
Lembro-me da revolução na igreja causada pelos Heritage. Um clip deles foi ao ar no programa
Fantástico da Rede Globo e a Rádio Eldorado FM fez um programa de uma hora sobre o grupo. Para o meio gospel da época o início de uma nova era na música religiosa.
Desde menino fui aficionado por long plays e em nenhuma loja secular se encontrava discos evangélicos. 25 anos se passaram e o Brasil mudou e música religiosa brasileira mudou. Os Heritage
Singers eram em 1977 um grupo proeminente entre vários outros grupos que atuavam na mesma época tais como Maranatha Singers (da série Praise), Continental Singers, Paul Johnson Singers, Sixteen
Singing Men, entre outros.
O arranjador dos discos dos Heritage era o maestro Ron Huff cujo talento o levou a trabalhar recentemente com Celine Dion em seu cd de natal. Um dos compositores interpretados pelos Heritage era William Gaither (sim o Bill do Gaither Vocal Band tão famoso entre os quarteteiros de hoje.) O que pro Brasil era o início de uma revolução nos Estados Unidos era um fim de duas décadas de renovação da música cristã.
Compositores como Don Wyrtzen (Foi Assim), John Peterson (A Paz do Céu), Jimmy Owens (Se meu
Povo), Ralph Carmichael (Lugar de Paz), Kurt Kaiser (A Pequenina Chama), Otis Skillings (O Mundo há de Saber), Andrae Crouch