Minha terra tem palmeiras
Minha Terra tem Palmeiras, faz parte do projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso, elaborado pelo SEBRAE e foi criado para que histórias emocionantes pudessem ser conhecidas, disseminadas e potencializadas.
Este caso aconteceu numa cidade do Maranhão chamada Lago do Junco que em 2000 tinha uma população de 9.211 pessoas, sendo 6.102 moradores da zona rural e que sempre apresentou indicadores socioeconômicos inferiores a outros municípios. Sua vegetação predominante sempre foi a palmeira de babaçu, mas estava ameaçada pela expansão da pecuária. Da palmeira do babaçu produzia-se telhado, óleo, sabonete, esteira, cesto, além de alimentos com propriedades medicinais, como antiinflamatório bom para o estomago.
As quebradeiras de coco sempre fizeram parte da paisagem local e foram verdadeiras guerreiras que lutavam pelo direito de trabalhar. Uma importante conquista foi a criação da cooperativa das quebradeiras de coco de Ludovico (povoado de Lago de Junco) onde era produzido artesanalmente sabonete para vender para a indústria de cosméticos Body Shop com lojas pelo mundo inteiro, e pagava as quebradeiras o dobro do preço de mercado por 25% da produção.
Quanto a educação, Lago do Junco recebia da Prefeitura material didático, transporte escolar e merenda. Mas o material didático era insuficiente, não existia biblioteca nas escolas e havia necessidade de novos cursos, pois era oferecido apenas Magistério.
A saúde sempre foi um indicador que comprometia o desenvolvimento do município, pois não havia um posto médico que atendesse as necessidades dos moradores, os casos mais emergenciais eram atendidos no município de Lago da Pedra. Grande parte dos moradores usavam e possuíam plantas medicinais em casa.
Essa era a realidade do município em 1999, quando o Governo Federal em parceria com o SEBRAE implantou o DLIS (Desenvolvimento local, integrado e sustentável). Procurando valorizar a participação comunitária, estimulou o comprometimento dos moradores,