MINHA CASA MINHA VIDAA

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
O Programa Minha Casa Minha Vida se destaca atualmente pelo fato de representar uma mudança significativa no padrão decisório nas políticas desenvolvimentistas do passado e, na política habitacional contida no chamado “modelo Banco Nacional de Habitação”. Que foi criado em 1964, logo no início do regime militar, com o objetivo de financiar a aquisição da casa própria para as populações de baixa renda, entretanto só atendia apenas 3% do público alvo, enquanto os mutuários com rendimentos superiores a vinte SMs foram os grandes beneficiado. Dentre as inúmeras críticas apontadas ao modelo BNH, à política de subsídios teve seu sentido social foi invertido com os descontos nas prestações e no Imposto de Renda (IR), situação essa em que a população de renda média e alta acabava por ser a maior beneficiada.
A maior mudança foi na área habitacional, onde a Casa Civil passou a desempenhar papel importante. Antes mesmo do lançamento oficial do PMCMV em março de 2009, a então ministra Dilma Rousseff já havido se reunido com empresários do setor da construção civil, tais como Cyrela, Rossi, MRV, WTorre, Rodobens e já se falava na construção de 1 milhão de casas para a faixa de renda até dez SMs, incluindo a estruturação do fundo garantidor. A crise financeira de 2008 ampliou a capacidade ociosa das empresas do setor da construção civil que, em função do boom imobiliário dos anos anteriores, haviam realizado grandes investimentos, lançado ações na bolsa e aumentado seus estoques de terrenos.
Assim, um novo programa habitacional, a ser priorizada pelo governo, era vista de forma muito favorável pelo empresariado da construção civil que nele encontraria meios de escoar as unidades já em produção e garantir o retorno aos investimentos. Do lado do governo, o setor da construção civil teria importante papel na dinamização da economia e na geração de emprego.
O estudo de programas do PAC tornou-se um espaço privilegiado de análise de arranjos