minerio
Acidentes de trabalho são corriqueiros na mineração e atingem cifras alarmantes. Embora os dados não sejam sempre confiáveis devido à falta de registros, o Brasil teve a média de 26,2 mortes por 100.000 trabalhadores em 2006 e situa-se entre os dez países com maior índice de acidentes fatais na mineração, segundo pesquisa realizada pela Unesp. De acordo com estudo feito pelo Tribunal Superior do Trabalho em 2010, o setor extrativo mineral ainda é responsável por quase 30% das ocorrências registradas. Em outros países, como a China, morrem a cada ano cerca de 3.000 mineiros. Em abril de 2012, morreram 15 trabalhadores em três minas chinesas.
Em Congonhas, Minas Gerais, em 2009, três mineiros morreram e três ficaram feridos em acidente ocorrido numa mineradora da Companhia Siderúrgica Nacional, ao caírem de uma altura de 20 metros. Também em 2009, em Carajás – maior mina de ferro do mundo, operada pela Vale –, um caminhão esmagou um ajudante na Mina N4. Em abril deste ano, um homem que trabalhava para a mesma mineradora em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, morreu ao despencar seis metros.
No Brasil, hoje há minas mecanizadas em que os mineiros controlam as máquinas remotamente, bem distantes das galerias. Mas há outras cujas práticas remontam ao século XVII ou mesmo antes.
O trabalho na mineração sempre foi marcado pelo risco de morte: soterramentos, afogamentos, explosões, atropelamentos pelos vagonetes, intoxicações, etc. Além dos acidentes, existem as doenças ocupacionais típicas da mineração, como a pneumonia, a silicose e a tuberculose; esta última, de tão frequente, ficou conhecida como “a doença da mina”. Por tudo isso, as minas foram chamadas pelos mineiros de “comedoras de homens”.
A história da colonização das Américas espanhola e portuguesa está diretamente ligada à busca por metais e pedras preciosas. Na América espanhola, eram péssimas as condições de trabalho dos