O turismo
Conceituar o fenômeno turístico sempre foi uma tarefa muito complicada, aja vista que o mesmo engloba uma série de fatores que não são exclusivamente turísticos, como por exemplo, os transportes, os equipamentos de lazer, entre outras coisas. Segundo Ignarra (1999, p. 23), “Vários autores procuraram conceituar o fenômeno e ainda continuam nessa discussão.”. Por ser um fenômeno complexo, por abranger uma gama de fatores que o impulsionam e que são essenciais para a sua prática e por contribuir diretamente para certos setores da sociedade, algumas conceituações de turismo acabam que por vezes entrando em contradição, principalmente no que diz respeito às segmentações.
Alguns autores afirmam que a prática do turismo é bastante antiga, Ignarra (1999, p. 15), defende que “o turismo em termos históricos se iniciou quando o homem deixou de ser sedentário e passou a viajar, principalmente motivado pela necessidade de comércio com outros povos.”, assim surgindo o turismo de negócios, que se analisado pela conceituação de turismo da OMT – Organização Mundial do Turismo, não se enquadraria como tal por ser motivado por razões econômicas. Segundo Andrade (2002, p.09), o turismo é “anterior às viagens que os jovens aristocratas ingleses faziam”, o famoso Grand Tour, que por ser uma viagem destinada aos estudos também não poderia ser considerada turística. A partir destas definições percebe-se a confusão que é feita em relação ao conceito de turismo e ao de viagem, vê-se que o fenômeno na maioria das vezes não é bem entendido, devido talvez a apropriação do mesmo de setores também utilizados para viagens “comuns”.
Para Lage e Milone (2000, p.26) “o turismo moderno não precisa ter um conceito absoluto, mas importa no conhecimento do mecanismo dinâmico que integra.”, ou seja, para eles pouco importa um conceito que consiga conciliar todos os fatores que tornam possível o turismo, o que importa na verdade é entender como esses fatores funcionam e interagem entre si. O