Mina de Cuiaba
A origem da Supergrupo Rio das Velhas tem intima relação com exalações marinhas, como pode ser comprovado pela existência das FFB onde estão hospedadas as mineralizações e o ouro contido em magnetita, entre outros. Alves Junqueira (1997) ressalta que esse depósito de ouro de idade arqueana tem levado autores sugerir uma ligação de origem singenética (Fripp, 1976; Ladeira, 1980,1991). Entretanto, a maioria dos autores das últimas duas décadas, favorecem uma origem epigenética (Phillips et al., 1984; Colvine et al., 1984; Groves et al., 1987; in Herrington, 1997), o qual não estaria relacionado à deposição original dos sedimentos ricos em ferro.
Essa origem epigenética coloca a mina de Cuiabá em um Depósito tipo BIF, com AU estratiforme e filoneano, tipo “Cuiaba e Lamego”, formado sob condições metamórfico dinamitermal em zonas de cisalhamento de alto ângulo, em ambiente de transição metamórfico incipiente/grau fraco.
A origem dos fluidos hidrotermalizantes segundo Biondi (2003) tem origem da desvolatilização causado pelo metamorfismo, em condições de pressão e temperatura correspondente à transição entre os graus fracos e médio. Uma características marcante desse fluidos é o baixo conteúdo de Cl, e elevados de S responsável por gerarem as mineralizações sulfetadas. Ainda Biondi (2003), cita que os metais são trazidos por fluidos provenientes da base da crosta, que percolam as rochas em direção a superfície.
Os fluidos liberados da desvolatiliação deslocam-se em direção as regiões menos aquecidas, percolando através de rochas ou focalizadas em canais de maior permeabilidade, como as falhas e zonas de cisalhamento. Os fluidos são desestabilizados e geram mineralizações nas falhas de segunda ou ordem maiores, ou mesmo nos acamaneto. Segundo Mickuki (1984) a precipitação de sulfetos é o processo desestabilizador mais importante, seguido pela separação de fases e pela variação do pH.
A diminuição da velocidade de percolação pela diminuição da