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CCH – Centro de Ciências do Homem
Programa de Pós-graduação em Políticas Sociais
FELIPE MEDEIROS ALVARENGA
UM ESTUDO SOBRE OS EFEITOS DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS SOBRE AS POPULAÇÕES QUE HABITAM ÁREAS SELECIONADAS PARA CONSTRUÇÃO DE MEGA EMPREENDIMENTOS. O CASO DO COMPLEXO PORTUÁRIO DO AÇU
CAMPOS DOS GOYTACAZES
2012
1: INTRODUÇÃO
Progresso e Desenvolvimento têm sido as ideologias norteadoras das políticas econômicas aplicadas no Brasil desde meados do Século XX. Assim, começando pelo desenvolvimentismo de Getúlio Vargas, passando pelo Plano de Metas do Presidente Juscelino Kubitschek, pelo ciclo de planos elaborados pelo regime militar de 1964, pelo Programa Avança Brasil do governo FHC, e chegando ao Plano de Aceleração do Crescimento pretendida pelo Presidente Lula, o objetivo manifesto tem sido a busca da superação do atraso, e a ascensão do Brasil ao grupo dos países desenvolvidos. Entretanto, a prática de classificar o subdesenvolvimento tomando como padrão o desenvolvimento, não teve efeitos sociais positivos. Neste sentido, Furtado (1996) considerava que a possibilidade da universalização do desenvolvimento econômico aos moldes das nações que encabeçaram a Revolução Industrial seria irreal, motivo pelo qual ele classificou as diferentes tentativas de desenvolvimento como parte de um mito Além disso, Furtado rejeitava a idéia de que os padrões de consumo das populações destes países desenvolvidos sejam acessíveis a massa em expansão dos países chamados terceiro-mundistas. Mas o fato é que o mito do desenvolvimento e do progresso enquanto ideologia dominante tem guiado o pensamento de economistas sobre modelos de acumulação de capital que, em tese, levariam a uma superação tecnológica, mesmo que desconectada do contexto social e desconsiderando os impactos no meio cultural e físico.
No período histórico mais recente, o