mimi
"Um dos fatores que chama atenção do observador: a quantidade de objetos presentes sem uma lógica própria como variados quadros, esculturas, móveis, roupas e tapetes. Uma máquina escrever, um laptop passando um vídeo - mostrando a mutação da casa desde sua primeira apresentação nos anos 80 - uma geladeira, um guarda-roupas cheio, mesa, elementos que estruturam um ambiente completo de um espaço familiar a todos, mas, particularmente, vermelho. Os conjuntos de objetos formam um ambiente que passa a sensação de conforto e estranheza por sua particular indefinição." (Revista Bravo)
Podemos relacionar essa monocromia vermelha com Matisse e seu quadro "Quarto vermelho" que antecipa os estudos da cor monocromática na contemporaneidade.
Os encantos de Inhotim são obras do divino e do humano. Há pavilhões belíssimos, como o da Adriana Varejão (acima), instalações sonoras que tiram os pés da gente do chão; obras de Doris Salcedo, Matthew Barney, Cildo Meireles, Hélio Oiticica, Olafur Eliasson e um monte de artistas de fama mundial que até então me eram desconhecidos...
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Fiquei fortemente impressionada com a visão do pavilhão do carioca Cildo Meirelles. Sua primeira instalação, Desvio para o Vermelho, é um espaço impregnado de rubro, que provoca uma excitação sensorial surpreendente. O artista cria desse modo um ambiente de referências e simbolismo desde a entrada na instalação: um ambiente único que não remete a nenhum dos cômodos de uma