Milton Santos
1- Após a morte do professor Milton Santos em 2006, você considera a denúncia que ele faz ainda atual? Ou as relações multilaterais vêem avançando nestes últimos quatro anos, o que reforçaria as esperanças dos que sonham com um mundo mais equilibrado?
R: Com certeza. Cada dia que passa as pessoas consomem mais, não por necessidade, mas por “status”. O consumo é um comportamento social e não é espontâneo, todos consomem e o que é consumido classifica quem consome. Na sociedade as diferenças são avaliadas de modo inferior ou superior havendo desigualdade, ou seja, a falta de equilíbrio. Vivemos em um mundo como diz a música: “Onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre”. Quando isso irá mudar?
2- Recentes acontecimentos apontam um mundo de mais solidariedade? Ou a solidariedade para com países onde a miséria absoluta ainda é uma preocupação apenas do Terceiro Setor e das Minorias?
R: Sim o mundo está mais solidário, porém em situações extremas as pessoas tem mais solidariedade, como por exemplo, enchentes, terremotos, dentre outras situações. Mas essa preocupação não é diária, grande parte da população não quer se comprometer, a outra parte luta em busca de minimizar a miséria trazendo esperança aos necessitados.
3- Problematize o texto sobre antropologia do consumo, destacando sua relevância para a formação de competências do administrador (enquanto um tomador de decisões) no ambiente competitivo das organizações.
R: Cabe ao administrador ter a percepção as mudanças e aos níveis de consumo. Entender o consumo como um sistema classificatório, identificando à evolução cultural, a classe ociosa, a classe pecuniária superior, “que não basta possuir riqueza ou poder”, é necessário exibir aos outros. Entender que por trás do consumo há competição, além da comparação. A massa está anestesiada, o capitalismo cria uma diferença para o potencial de consumo de cada um, sendo o consumo o motor para o