Miguel torga
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia Rocha, nasceu a 12 de Agosto de 1907 em São Martinho de Anta, e morreu a 17 de Janeiro de 1995 em Coimbra. Foi um dos mais importantes escritores do séc. XX em Portugal, e destacou-se como poeta, contista e memorialista.
Em 1920, emigra para o Brasil, ainda com 12 anos, para trabalhar na fazenda do seu tio, que tinha uma fazenda de café. Ao fim de 4 anos, o tio patrocina-lhe os estudos na cidade de Leopoldina, onde foi distinguido como um aluno dotado.
Em 1928, entra para a Faculdade de Medicina de Coimbra, e publica o seu primeiro livro de poemas (Ansiedade), e um ano mais tarde, começa a trabalhar na revista Presença, com o poema Altitudes. Dois anos mais tarde, sai da revista por “razões de discordância estética e razões de liberdade humana.”.
Em 1933, concluiu a licenciatura em Medicina, e foi exercer para Trás-os-Montes, que foi onde escreveu grande parte da sua obra. Dividiu o seu tempo entre a clínica onde trabalhava, e a literatura.
Em 1940, foi preso por fazer críticas ao regime político de Espanha. Nesse mesmo ano, casou-se com Andrée Crabbé, e juntos tiveram uma filha a 3 de Outubro de 1955.
Contexto Histórico
Oriundo de uma família humilde de Sabrosa, era filho de Francisco Correia Rocha e Maria da Conceição Barros.
Em 1917, aos dez anos, foi para uma casa apalaçada do Porto, habitada por parentes. Fardado de branco, servia de porteiro, moço de recados, regava o jardim, limpava o pó, polia os metais da escadaria nobre e atendia campainhas. Foi despedido um ano depois, devido à constante insubmissão. Em 1918 foi mandado para o seminário de Lamego, onde viveu um dos anos cruciais da sua vida. Estudou Português, Geografia e História, aprendeu latim e ganhou familiaridade com os textos sagrados. Pouco depois comunicou ao pai que não seria padre.
Emigrou para o Brasil em 1920 , ainda com doze anos, para trabalhar na fazenda do tio, proprietário de uma fazenda