Migração e Globalização
A sociedade que pensa a educação inclusiva somente em relação à criança com necessidades especiais engana-se ao achar que todas as outras crianças já façam parte efetivamente do processo pedagógico. Nota-se que, mesmo com a apresentação e articulação das políticas inclusivas, há ainda no Brasil uma taxa de analfabetismo espantosa, evasão, repetência escolar e a exclusão dos que não aprendem no mesmo ritmo e da mesma forma que os outros.
O surgimento do conceito de inclusão, segundo Sassak “é recente devido à adoção da filosofia da inclusão social para modificar os sistemas sociais existentes”. (2002, p. 16)
Sassak (2002) afirma que
[...] é imprescindível dominarmos bem os conceitos exclusivistas para que possamos ser participantes ativos na construção de uma sociedade que seja realmente para todas as pessoas, independentemente de sua cor, idade, gênero, tipo de necessidade especial e qualquer outro atributo social. (SASSAKI, 2002, p. 27)
Portanto, a partir de alguns pontos de vista, a educação inclusiva pode ser considerada como
Capacidade das escolas de atender a todas as crianças, sem qualquer tipo de exclusão. Ou seja, inclusão significa criar escolas que acolham todos os alunos, independentemente de suas condições pessoais, sociais ou culturais. Escolas que valorizem as diferenças dos alunos como oportunidades para o desenvolvimento dos estudantes assim como dos professores, em lugar de considerá-las um problema a resolver. (BRASIL, 2005, p. 35).
Provisão de oportunidades equitativas a todos os estudantes, incluindo aqueles com deficiências severas, para que eles recebam serviços educacionais eficazes, com os necessários serviços suplementares de auxílios e apoios, em classe adequada à idade, em escolas da vizinhança, a fim de prepara-los para uma vida produtiva como membros plenos da sociedade.(SASSAKI, 2002, p. 122).
Construção de uma escola aberta para todos, que respeita e valoriza a diversidade, desenvolve práticas