migração campo cidade (êxodo rural)
Segundo um estudo realizado em 1999 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os fluxos de migração da população que abandonava a zona rural e se dirigia à zona urbana, em 1950, apenas 36% da população habitava a cidade e 64% vivia no campo, de um total de 52 milhões de brasileiros.
Já em 2000, a situação se inverteu e a população rural passou a representar apenas 18,7% do total, contra 81,3% de habitantes das áreas urbanas. O principal motivo para este êxodo rural foi a industrialização ocorrida no final da década de 50 e a falta de incentivo à agricultura nacional.
Grande parte das pessoas no campo hoje tem luz elétrica e televisão. Isso acende nelas uma necessidade de consumir novos produtos, principalmente coisas que dão prestígio e as incluem nesse mundo globalizado”.
A falta de estrutura para receber os novos moradores fez com que as cidades crescessem desordenadamente e não absorvessem todos os trabalhadores que chegaram. “A pessoa acaba morando muitas vezes em piores condições do que morava no campo, porque vão acabar morando na periferia ou na favela, que às vezes não tem esgoto, nem condição nenhuma”
Com o excesso de migrantes, o mercado de trabalho fica saturado e acaba ocorrendo a marginalização. “O crime organizado também tem crescido em função dessa mudança da zona rural para a cidade, porque as pessoas chegam aqui, não conseguem satisfazer suas necessidades de consumo com trabalho e acabam optando por essa vida”, afirmou a presidente do Cepedoc. http://www.metodista.br/cidadania/numero-15/cidade-ainda-atrai-mais-migrantes-do-que-o-campo Êxodo Rural
Os fluxos migratórios podem ser desencadeados por diversos fatores. Dentre os principais fatores que impulsionam as migrações podem ser citados os econômicos, políticos e culturais.
No Brasil, o fator que exerce maior influência nos fluxos migratórios é o de ordem econômica, pois o modelo econômico vigente força indivíduos a se deslocarem de um lugar para outro em