Michel Foucault
Essas relações de poder são exercidas por todo o corpo social, em variadas proporções em todas as camadas sociais, nas relações familiares, profissionais, conjugais, de sexualidade etc. São exercidas nas relações entre favorecidos e desfavorecidos nos dois sentidos, do favorecido para o desfavorecido pelo estabelecimento de condições e regras, e do desfavorecido para o favorecido através da resistência. Não há relação de poder em sentido único, para Foucault a relação o senhor e escravo não é uma relação de poder, mas uma relação de posse. O poder, portanto é exercido simultaneamente e de forma contínua por cada segmento da sociedade em um jogo de forças antagônicas.
Assim, Foucault estabelece que o poder não esta centralizado, concentrado em uma instituição, mas está descentralizado e distribuído por toda estrutura social formando uma rede.
Essa rede de poder é onipresente e além do caráter repressivo, tem caráter normativo e disciplinador. Aí entra o papel das instituições sociais.
As instituições sociais são instrumentos de controle social, são as ferramentas através das quais o Estado exerce seu poder, disciplinando, vigiando e punido quem fugir dos padrões estabelecidos.
Através de instituições como escolas, igrejas, famílias, os indivíduos são moldados de acordo com os padrões morais e de classe social. Nelas o indivíduo “aprende” os valores que deve possuir, como deve se comportar, bem como seu lugar e seu papel na sociedade. Além das funções citadas, as escolas tem ainda a função de qualificar os indivíduos, tornando-os produtivos e consequentemente úteis ao aparato social. Através dessas instituições o Estado consegue transformar os indivíduos no que