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As relações entre pobreza e meio ambiente. Discutem-se os processos pelos quais os seres humanos podem ser beneficiados ou prejudicados em seu bem-estar pelo estado dos recursos naturais e dos serviços dos ecossistemas. A integridade do meio ambiente pode oferecer à pessoa a oportunidade de estar bem nutrida, de desfrutar de boa saúde, de sentir-se segura, bem como permite a diversificação dos meios de subsistência e a continuação de tradições e culturas. Porém, quando os recursos naturais são degradados os impactos podem ser em termos de morbidade e mortalidade por doenças infecciosas transmitidas pela água ou por vetores como o mosquito que transmite a dengue e a malária. Outros impactos podem ser a falta de segurança perante eventos extremos do clima, como inundações, tormentas ou secas. De forma geral todos os seres humanos dependem do meio ambiente e podem ser afetados pelas mudanças que ocorrem neste, porém, são as populações pobres as mais prejudicadas. As pessoas pobres são mais vulneráveis a mudanças no ambiente devido a aspectos como: maior dependência dos recursos naturais para viver; maior exposição a desastres ambientais, já que se concentram em locais geográficos de maior risco de eventos extremos do clima ou em zonas com maior insustentabilidade ambiental; maior vulnerabilidade por interações com aspectos sociais, políticos e econômicos relacionados a restrições no acesso a serviços públicos de água potável, saneamento básico, cuidados de saúde, acesso a educação, condições precárias de habitação e infraestrutura, entre outros. Dessa forma, percebe-se que os elos entre a pobreza e o meio ambiente podem ser múltiplos e complexos e requerem que sejam investigados para que politicas adequadas sejam adotadas. Assim, através da investigação sistemática de dois corpos de literatura (ambiental e de desenvolvimento humano), bem como da análise estatística e de um modelo econométrico com dados em painel,