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RIO DE JANEIRO - Delegações de Brasil, África do Sul, Índia e China (países que formam o grupo de potências emergentes Basic) se reúnem a partir desta sexta-feira, 23, no Rio de Janeiro para discutir o desenvolvimento das negociações internacionais sobre a mudança climática.
O encontro entre peritos, pesquisadores e negociadores precederá a IV Reunião Ministerial do Basic, que será realizada neste domingo e nesta segunda-feira, também no Rio. Os principais negociadores do Basic em matéria ambiental debaterão as resoluções definidas na Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre Mudança do Clima, cuja última edição foi realizada em dezembro, em Copenhague.
Após o fracasso das negociações na Dinamarca, os ministros dos quatro países emergentes analisarão no Rio as estratégias a serem seguidas na próxima cúpula sobre o tema, que será organizada pela ONU entre 29 de novembro e 10 de dezembro em Cancún, no México.
A divisão global do espaço de carbono será uma das principais questões tratadas, segundo o Ministério do Meio Ambiente brasileiro.
O Protocolo de Kyoto e os tratados criados nas cúpulas seguintes da Convenção-Quadro estabelecem que os países desenvolvidos devam limitar e reduzir suas emissões de carbono, mas não fazem referência aos países em desenvolvimento.
Os países desenvolvidos acusam os que estão em vias de desenvolvimento de não estar sujeitos a nenhum tipo de legislação, o que os deixa livre para manter um crescimento industrial ilimitado.
Por sua vez, os países em vias de desenvolvimento alegam que o aquecimento global é culpa dos desenvolvidos, que tiveram um crescimento descontrolado da indústria e agora devem se responsabilizar por isso.
Nesse sentido, outro dos temas centrais da reunião será a equidade no debate internacional, no qual os países emergentes reivindicam espaço diante das grandes potências que tradicionalmente regem as discussões.
A Índia, por