Meus trabalhos
As décadas que separam a vitória grega nas guerras médicas (-480) da morte de Alexandre III (-323) marcam o amadurecimento e o apogeu da arte grega. As principais características desta fase, tradicionalmente denominada "clássica", foram basicamente o crescente interesse dos artistas na representação naturalista da figura humana e a utilização de formas idealizadas de homens e mulheres em movimento.
Na escultura esses princípios podem ser observados com toda a nitidez: estátuas de homens e deuses em diferentes poses, atletas em pleno movimento e mulheres com vestes esvoaçantes, soltas ao vento, enfeitam templos e sepulturas. Os relevos dos frontões, métopas e frisos dos templos, assim como as populares estelas fúnebres, acompanharam essa estética passo a passo.
Os templos clássicos, erguidos desde as primeiras décadas conforme as tradicionais ordens dórica e iônica, tinham dimensões cada vez mais monumentais. A fama do parthenon, erguido pelos atenienses em sua acrópole em homenagem à deusa Atena, perdura até o presente. Foi um dos arquitetos do parthenon, Ictino, quem introduziu entre -430 e -390 uma terceira ordem arquitetônica, a coríntia.
O planejamento racional das cidades, que chamamos atualmente de "urbanismo", tornou-se cada vez mais comum. Do final do Período Clássico datam ainda numerosos edifícios comunitários, como tesouros, teatros, monumentos e mausoléus; a ágora, antigo local da cidade em que os cidadãos se reuniam em assembleia, passou a ser mais valorizada e ganhou pórticos, monumentos e outros prédios.
Poucas pinturas em painéis sobreviveram; já os mosaicos chegaram até nós em razoável quantidade. A pintura em cerâmica com a técnica "de figuras vermelhas" e as cenas desenhadas sobre fundo branco tornaram-se muito populares; alguns vasos "de figuras negras", em pleno declínio desde o fim do Período Arcaico, eram ainda produzidos para fins comemorativos.
O trabalho em metal teve um desenvolvimento sem precedentes, e numerosas