Meus oito anos Casimiro de abreu
Casimiro José Marques de Abreu (1839-1860) viveu uma infância simples no campo. Aos dez anos foi enviado para o Rio de Janeiro para estudar e trabalhar no escritório da família. Era um frequentador assíduo das noites boêmias da Cidade. Já com dezenove anos foi enviado para Portugal para trabalhar no escritório de amigos de seu pai. Lá, se dividia entre seu trabalho e sua vida boemia. Comprometendo, assim, suas finanças e saúde. Quando doente retornou para Nova Friburgo para tratamento de saúde. Mas, passava a maior parte do tempo na fazenda de seus pais. Morreu aos 21 anos.
O texto:
Estrutura do texto: poesia com métrica e ritmo.
Análise:
O texto é muito pessoal e demonstra que o autor não está feliz com o presente. Recorre a recursos como repetição proposital para deixar claro que, na sua opinião, a época de sua felicidade era a infância. Relata, no texto, o que considera ter valor. E, simplesmente ignora as outras coisas. Ex.: o pai. Outras características são: sensibilidade quase infantil, pela meiguice, pelo amor ingênuo, a saudade, o gosto pela natureza, as recordações infantis e os devaneios adolescentes. Se fosse reescrever seria assim:
Retorno a minha memória o começo da minha existência da minha inocência perdida que o tempo não trará!
Quantos carinhos, utopias e belezas naturais!
Vida mansa sem preocupações ou obrigações!
Momentos incríveis do começo de minha vida!
Suspiro ao lembrar: o aroma das flores; o manso mar; a imensidão do céu os sonhos e os planos de vida.
Viver era sonhar!
Como era bela essa vida! as noites tranquilas cheias de felicidade cheias de entrega!
Infinitas estrelas
O cheiro peculiar da terra o mar de ondas calmas findando a noite tranquila!
Retorno à época da inocência à época das flores da vida simples que tinha de manhas felizes! Ao invés do rancor presente.
Tinha nessa simplicidade os carinhos de minha mãe e os beijos de minha irmã!
Era livre para voar!