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ENFOQUE ECOSSISTÊMICO DE SAÚDE: UMA ESTRATÉGIA
TRANSDISCIPLINAR
Carlos Minayo Gómez1; Maria Cecília de Souza Minayo2
1
Doutor em Ciências, Pesquisador titular da Escola Nacional de Saúde Pública,
Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz;
2
Doutora em Saúde Pública, Pesquisadora Titular da Escola Nacional de Saúde Pública, Fiocruz.
RESUMO
Este artigo tem como alvo o enfoque ecossistêmico de saúde. Inicia-se com uma síntese histórica que dá relevância às abordagens dos séculos XVIII e XIX em torno das teorias dos miasmas, à ação estatal de cunho higienista e às iniciativas da burguesia para criar cidades e ambientes domiciliares saneados, inclusive nos locais de moradia da classe trabalhadora. Em seguida, enfoca o movimento da medicina social no século XIX e início do século XX, colocando no centro da agenda da saúde as condições gerais de produção e de reprodução. O artigo dá ênfase à reflexão sobre o desenvolvimento ambientalista que toma força depois da Segunda Guerra
Mundial e repercute nas propostas de mudança nos paradigmas da área da saúde que são ressaltadas no Modelo Lalonde (Canadá) e na Carta de Otawa. Esses documentos induzem a uma abordagem compreensiva dos diferentes determinantes da complexa produção dos padrões sanitários e das enfermidades. O texto apresenta a abordagem ecossistêmica da saúde humana que vem se desenvolvendo desde os anos 70, a partir do Canadá. Seus princípios são: compreender os problemas em seu contexto