Metáforas de Interface
Metáforas são parte integrante de nosso pensamento e linguagem. Elas aparecem não somente na poesia ou literatura, mas em nossa linguagem cotidiana. E geralmente as pessoas não se dão conta de que estão usando metáforas, elas são invisíveis. Alguns exemplos bastante comuns: gastar dinheiro, atacar, defender e destruir um argumento; tratar superficialmente um assunto; trânsito engarrafado; etc. As metáforas funcionam como modelos naturais, nos permitindo usar conhecimento familiar de objetos concretos e experiências para dar estrutura a conceitos mais abstratos. As características de metáforas em nossa linguagem são as mesmas que governam o funcionamento de metáforas de interfaces
Não se consegue ter um conceito simplista de interface como os aspectos do sistema com os quais o usuário tem contato, ou ainda a um pouco mais elaborada linguagem de entrada para o usuário, linguagem de saída para a máquina e um protocolo de interação (ACM CHI'85). Não se pode pensar em interfaces sem considerar o ser humano que vai usála, e portanto interface e interação são conceitos que não podem ser estabelecidos ou analisados independentemente. E no decorrer deste livro ao nos referirmos a interfaces estaremos focando a interação, o que para nós dá a amplitude desejada ao termo interface, pois pensar somente na "interface" é pensar muito pequeno. As preocupações usuais dos designers de interfaces - criar tipos mais legíveis, melhores barras de rolagem, integrar cor, som e voz - são todas importantes, mas são secundárias. A preocupação primeira deve ser a de melhorar o modo como as pessoas podem usar o computador para pensar e comunicar, observar e decidir, calcular e simular, discutir e projetar.
INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR (IHC)
Para que os computadores se tornem amplamente aceitos e efetivamente usados eles precisam ser bem projetados. Isso de maneira alguma quer dizer que o design deve ser adequado a todas as pessoas, mas os