Metro de bh
Metrô de BH: 25 anos de promessas e desperdícios
Foram investidos R$ 84 milhões em obras inacabadas e em projetos engavetados
O metrô de Belo Horizonte chega aos 25 anos de operação, em agosto, em seu pior momento. Enquanto as vizinhas Rio de Janeiro e São Paulo recebem investimentos bilionários do governo federal, a capital mineira continuará limitada a uma única linha pela falta de perspectivas de expansão até a Copa do Mundo de 2014. O desperdício de dinheiro público é outro dado vergonhoso desse sistema de transporte que se propõe "de massa" na capital mineira. Nos últimos dez anos, foram gastos R$ 84 milhões em obras inacabadas e em projetos fadados ao registro no papel.
As promessas de criação das linhas 2 (Barreiro-Santa Tereza) e 3 (Savassi-Pampulha) se repetem há dez anos, quando a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) liberou R$ 24 milhões para estudos de viabilidade dos dois ramais. A obra rumo ao Barreiro chegou a ser iniciada, com serviços de terraplenagem, desapropriações nas áreas de domínio da linha - que teria 17,5 km e 11 estações - e construção daquela que seria a Estação Amazonas.
Mas, em 2004, por falta de repasses de verbas pela União, a linha 2 parou. O que já havia sido gasto - cerca de R$ 60 milhões - nunca mais será recuperado. Para piorar, terrenos voltaram a ser invadidos, materiais foram saqueados e estruturas foram depredadas nesses últimos sete anos. Além disso, o projeto sofreu alterações. Agora, a linha não mais chegará ao Calafate, mas, em um túnel sob a avenida Amazonas, seguirá até a região hospitalar.
Promessas não cumpridas. Sazonalmente, autoridades vieram a público garantir que, "dessa vez", o metrô finalmente deixaria o acanhamento da linha 1 (Eldorado/Vilarinho). Em maio de 2008, o então governador Aécio Neves anunciou que a implantação das linhas 2 e 3 já tinha o "aval do (agora ex) presidente Lula e que, em breve, ele assinaria um convênio com o governo do Estado".
Participaria também