Metodologias imagem
Inserida num contexto que W. J. T. Mitchell (2002) aponta como “virada pictórica” 3 essas imagens pertencem à era da cultura visual. O autor argumenta que elas não só nos cercam de forma mais intensa, como também ganham um papel cada vez mais importante no cotidiano visual da sociedade. As metáforas textuais não conseguem mais corresponder em mesma amplitude os processos imagéticos contemporâneos.
Micthell, por sua vez, questiona esta dimensão dada à „vidara lingüística‟ e defende que deve se dar igual importância à „virada pictórica‟, assim como a formatação de uma teoria essencialmente da imagem, já que, para ele, as correntes estruturalistas e pós-estruturalistas não suprem esta categoria de análise na contemporaneidade.
Virada imagética” (pictorial turn) é uma expressão cunhada pelo iconologista americano W. J. T. Mitchell. Análoga à virada linguística proposta por Rorty, ela se refere, inicialmente, ao papel central que a imagem desempenha na crítica social contemporânea e às “crises” atuais na forma de encarar esse objeto tão arredio à descrição – afinal, a imagem sempre rompe, em parte, com o plano da linguagem, do discurso. Atualmente, a imagem se tornou, diz o autor, “[...] um ponto de peculiar fricção e desconforto junto a uma larga faixa de questionamentos intelectuais” (MITCHELL, 1994, p.13, tradução nossa). A noção de “sociedade do espetáculo”, febre em um passado recente e ainda bastante em voga nos meios acadêmicos, demonstra bem esse desconforto com a imagem.
Posteriormente, Mitchell repensa os limites da expressão, tornando-a mais abrangente com o que ele chama de versão perene ou recorrente da virada imagética. Assim ampliado, o conceito não se limita mais à descrita “crise contemporânea da imagem”, mas pode se