Metodologia
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que o resultado da votação atende bem ao que o Executivo defendia na Casa, quanto a procedimentos. Ele reconheceu, porém, que a presidente Dilma Rousseff poderá, de fato, aplicar vetos ao conteúdo, se ele permanecer idêntico no Senado.
— O acordo de mérito ocorreu no relatório (do senador Eduardo Braga) — disse.
Tanto os líderes de PT quanto de PMDB tentaram colocar panos quentes nos atritos da base do governo na Câmara, que acabou arrastando o debate de quase 40 horas entre terça-feira e quinta-feira.
— Vencemos em parte do conteúdo e perdemos em outras, mas a disputa no fim foi no jogo político e politicamente o PMDB tem lado — disse Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB.
— Fizemos um grande debate, isso não significa rachaduras na base por conta de divergências que surgiram — disse José Guimarães (CE), líder do PT.
Para o texto chegar rapidamente no Senado e ser votado ainda hoje, data em que a MP 595 perderá validade, se não for aprovada, a Câmara adotou um expediente inédito. A secretaria geral da mesa preparou o relatório final e entregou-o ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ali mesmo, na mesa do plenário, para que fosse assinado assim que a aprovação do texto passasse.
Enquanto isso, a secretaria-geral do Senado e estava de prontidão à espera da chegada do projeto de lei, para que pudesse ser lido no plenário do Senado e colocado em discussão em poucos instantes.
Líderes da base pensaram em desistir da sessão, por falta de quórum
Às 8h17, a base governista conseguiu recuperar o quórum da sessão e festejava a possibilidade de aprovar a medida provisória ainda de manhã, como aconteceu. Mas faltando cerca de meia hora para vencer o prazo de mais uma sessão, líderes da base governista chegaram a jogar a toalha, admitindo a grande possibilidade de derrota da MP dos Portos. A mais dura batalha travada com a oposição estava