As estatísticas de saúde são construídas a partir de dados relativos a eventos vitais (nascimentos, óbitos e perdas fetais), estrutura da população, morbidade (doenças) e serviços e atividades sanitárias. A avaliação da situação de saúde de uma comunidade pode ser complementada por coeficientes e índices provenientes de medidas de avaliação hospitalar, também conhecidas como medidas hospitalares ou indicadores hospitalares. Indicadores hospitalares são instrumentos utilizados para avaliar o desempenho hospitalar, envolvendo sua organização, recursos e metodologia de trabalho. Os dados coletados nas diversas áreas do hospital, quando relacionados entre si, transformam- se em instrumentos de gestão úteis para a avaliação da assistência prestada, quantidade e tipo de recursos envolvidos, controle dos custos gerados na produção dos serviços e grau de resolutividade dos mesmos. Em que pese o fato de que indicadores são meramente reflexos de uma situação real e, portanto, medidas indiretas e parciais de uma situação complexa, quando calculados seqüencialmente, no tempo, podem indicar a direção e a velocidade das mudanças e servem para comparar diferentes áreas ou grupo de pessoas em um mesmo momento. O aumento das pressões sobre os atendimentos hospitalares e as dificuldades em garantir respostas adequadas para o problema têm caracterizado a difícil relação principalmente, pela escassez de investimentos e, dentre outras causas, pelo crescimento da população brasileira e pela concentração populacional e desordenada das cidades brasileiras, sem mencionar a vida às cidades de menor porte e mais distantes das capitais, onde, muitas vezes, perduram heranças de exclusão social muito mais profundas do que as que identificamos nas localidades mais populosas e providas de recursos. Além da alta densidade demográfica dos principais centros urbanos do país, ainda convivem, em muitas localidades, a ausência de infra-estrutura, como