Metodologia
O FIM DO SOCIAL E A SOCIEDADE CULTURAL
Touraine tem um conceito de modernidade para compreender as necessidades do mundo de hoje. Afirma que o novo paradigma não se pode mais valer do tripé político, econômico e social, da Revolução industrial, mas depende de novos valores e novos conflitos com o pensamento social ocupando-se de realidades culturais. Touraine afirma que a perda da centralidade das categorias sociais é radicalmente nova, num efeito fascinante e inquietante ao mesmo tempo, com o pensamento social organizando-se ao redor dos problemas culturais. Para Touraine, os atores sociais e os movimentos sociais no mundo atual podem ser caracterizados pela autenticidade dos sujeitos pessoais e pela criação de movimentos culturais. E a sociedade, um sistema social dotado de seus mecanismos de funcionamento e de mudança, tem por contrapartida uma rejeição de toda análise e de toda forma de organização social que considere o indivíduo segundo outros critérios que não o lugar que ele ocupa na sociedade. Estamos vivendo o fim de um tipo de sociedade, de uma representação da sociedade em que o mundo ocidental viveu durante anos: o fim da representação social de nossa experiência.
Cada um por sua vez pode contribuir com suas influências, e vem parecendo que este fenômeno possui características transformadoras e libertadoras, mostrando traços do que Touraine chama de uma nova sociedade cultural.
Vários processos se inverteram, as mulheres conquistaram novos patamares de influência, ou seja, de liderança em seus locais de atuação; é invertido ou seja parte do tácito para o explícito e há uma inversão de características sociais onde o protecionismo transforma-se em protagonismo. Trazendo também para este contexto Alain Touraine, percebe-se que em Vila Canoa há uma inversão do modelo social para o modelo cultural, a partir de uma ação social, onde indivíduos e grupos influenciam-se mutuamente, permitindo-lhes viver o letramento, que é a base para