metodologia
Profissão: designer de joias, dona de seis lojas no Brasil e duas no exterior
"Sou apaixonada por moda e beleza desde criança, mas, sei lá por que, acabei cursando a faculdade de letras e virando funcionária pública. Nas horas livres, desenhava e montava brincos e colares, que eu mesmo usava. Até que um dia caiu a ficha: por que não transformar o que eu mais gostava numa profissão? Comecei aos poucos. Fazia algumas peças e as vendia a colegas de trabalho. Finalmente tomei coragem, joguei o emprego para o alto e resolvi me dedicar inteiramente ao design de joias. Diziam que eu estava louca, que os brasileiros não tinham dinheiro para comprar joias... Fiz um curso de desenho e outro de ourivesaria. Meu pai entendeu e me deu dinheiro para começar. O mais importante é que eu amo meu trabalho. Quando isso acontece, nada pode dar errado."
Carla Amorim, 38, brasiliense.
Profissão: biólogo e geneticista, diretor executivo da Votorantim Ventures, professor da Universidade de São Paulo e da Cornell University, nos Estados Unidos
"Eu tinha 16 anos quando me apaixonei pela biologia, depois de uma aula fascinante sobre a origem da vida. Decidi cursar biologia e ser geneticista. Meu pai, um engenheiro, me acusou de estar fugindo do vestibular de medicina. Acabei entrando nos dois cursos e tranquei medicina por dois anos antes de desistir. Fiz doutorado nos Estados Unidos e depois fui pesquisador em Cambrigde, Inglaterra. Voltei em 1986 para ser professor na USP. A grande preocupação do meu pai era como eu ia ganhar dinheiro. Em 1990, abri a primeira empresa de engenharia molecular no Brasil, Biotec, e agora comando um fundo de investimento em biologia, a Votorantim Ventures. Quando um dos meus filhos me disse que ia fazer ciências sociais, eu respondi que achava ótimo."
Fernando Reinach, 47, paulista
Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_064.html - Acesso em