METODOLOGIA LIDERANÇAS

1609 palavras 7 páginas
Do DP ao EP passando pelos Recursos (des)Humanos

Dos mais velhos, quem não se lembra daquela famosa frase: Vou passar no DP para resolver uns problemas, ou, pior ainda, de quando o chefe falava: Dá um pulinho lá no DP. Eles têm uma coisinha pra falar contigo. Chiii! Aí é que a coisa complicava. Ou vinha uma bronca ou chegara a hora de arrumar as malas. Esse era o famoso Departamento Pessoal, aquele que mandava em tudo: na sua carreira, no seu plano de saúde, no seu salário, no seu comportamento, nos trajes que você deveria usar, sem falar nas atribuições natas do DP, que eram ditar as normas, vigiar as pessoas e, principalmente, advertir ao mínimo deslize do funcionário. Ahh! Como o pessoal do DP gostava de pegar um deslize. Era o prazer do século, comentário por muitos dias dentro do DP, a punição bem aplicada, no momento certo, mostrando que estavam cumprindo o seu papel.

Aos poucos, as empresas foram tomando consciência de que esse não era o papel daquelas pessoas. Vigiar era tarefa da segurança da empresa, mesmo assim, não os funcionários, mas sim os ladrões. Afinal, DP queria dizer Departamento Pessoal e não Distrito Policial. Surgiu um DP mais democrático, menos autoritário e menos centralizador. Mudaram até o nome do departamento, que passou a se chamar Recursos Humanos. Bonito nome, bonita filosofia. Deu certo em muitas empresas. E tinha tudo para dar certo nas outras, se não fossem os resquícios dos antigos administradores, estilo DP, que se mascararam de administradores democráticos e assumiram, erradamente, o papel de Gerentes ou Diretores de Recursos Humanos, adotando filosofias pseudo-liberais, mas retendo o poder a todo custo. O RH começou a liberar mais os funcionários, mas adotava parâmetros matemáticos para avaliá-los. Começaram a surgir as avaliações de desempenho, as avaliações de potenciais que simplificavam em números e gráficos todo o trabalho dos seres humanos, todo o talento das pessoas, o que número nenhum poderia quantificar.

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