metodologia do trabalho academico
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I - HISTÓRIA DAS UNIVERSIDADES Dedicadas à formação de bispos e monges, as escolas episcopais e as monacais foram as primeiras instituições responsáveis, entre os séculos VI e XII, pela transmissão de conhecimentos, desde os elementares como leitura, escrita e aritmética, até os mais sofisticados e especializados, como teologia, medicina e direito. Os cursos eram gratuitos e, inicialmente, serviam apenas àqueles que pretendiam seguir a carreira sacerdotal. Ao longo do tempo, no entanto, passaram a ser cada vez mais abertos, procurados por nobres e plebeus. Ao mesmo tempo, o saber passava a ser visto como um meio de ascensão social. Na Europa da Idade Média, só podia lecionar quem tivesse a licença docente concedida pelo bispo responsável por determinada jurisdição. O conhecimento estava, portanto, sob o controle da Igreja. Porém, o conceito de que a Idade Média foi a "Idade das Trevas" vem sendo contestado por diversos estudiosos. Vale lembrar que, nessa época, plantaram-se as sementes do Renascimento, surgiram as universidades e também os primeiros intelectuais, conforme a acepção atual do termo. Trata-se dos chamados mestres livres. Com sua atuação docente independente do controle da Igreja, esses mestres livres foram os agentes responsáveis pelos primórdios do que hoje conhecemos como universidade. Esses mestres livres atuavam em locais diversos, onde fossem contratados, servindo a nobres e plebeus, enfrentando o domínio da Igreja e lecionando sem a licença concedida pelos bispos, num movimento que começou no século 10. As cidades que começaram a florescer no período, tinham interesse no trabalho desses intelectuais, pois “a atuação deles atraía estudantes e, conseqüentemente, intensificava as atividades sociais e econômicas das cidades nascentes". Foi este movimento que propiciou que centros urbanos como Montpellier, na França, e Bolonha, na Itália, por exemplo, se especializassem no ensino de medicina e direito. Foi também aquele fluxo que