Metodologia do Ensino de Geografia II ENGUITA
RESENHA DO TEXTO: Educar Em Tempos Incertos. CAP. I: A Educação e a Mudança Social.
Autor: Mariano Fernandez Enguita
O autor inicia o texto fazendo uma análise sobre o papel da escola na sociedade, em como é falsa a oposição de sua função “Reprodutora X Transformadora”. Ele pontua que em um regime democrático estável a escola tem essa dupla característica. A escola vai assumir mais fortemente um desses papeis em determinados momentos dos processos de transformação social e econômica que a sociedade passa. Por exemplo: em processos revolucionários, o poder político central incumbe a escola de um papel transformador da realidade atual para um horizonte idealizado pelo grupo político no poder; e em uma guinada conservadora da sociedade ou do grupo político no poder a escola assume um papel mais reprodutor.
No entendimento do autor o papel da escola, ou sua existência, depende do tipo de sociedade no qual essa instituição está inserida. Em sociedades arcaicas ou quase estamentais a tendência é de inexigibilidade da escola enquanto instituição universal. Passa a ser uma ferramenta apropriada apenas pelas classes médias e altas da sociedade (grande minoria, neste tipo de sociedade.), aqui a escola tem o claro papel reprodutor.
Quando a sociedade se encontra em um papel de “modernização”, de passagem da base econômica e por consequência social, a escola passa a ter um papel transformador da realidade, onde a sociedade vê sua atual configuração desvanecendo, gerando novas configurações, demandas e comportamentos. A escola passa a ter esse papel de agente da transformação mas nem sempre vem acompanhado com a melhoria das condições do magistério, então à escola é atribuído uma aura quase religiosa em seu papel, na medida que mesmo em condições adversas, a escola como instituição e o professor como sujeito devem assumir a missão de preparar essa sociedade em transformação para o futuro que se desenha.
Num contexto como o atual, de