Metodologia de pesquisa
Os primeiros agricultores dispunham de um conhecimento sobre os vegetais ao mesmo tempo em que tinham o entendimento sobre fatores ambientais como solo, clima e outros ligados a práticas agrícolas, como o papel das sementes na reprodução vegetal, o momento do plantio e da colheita e outras operações técnicas de manipulação (ASSIS, 2002 apud MELÃO, 2010, p.2).
Desde então, a agricultura de uma forma itinerante evoluiu para uma agricultura permanente, em que uma série de outras inovações possibilitou o aumento de produtividade (entre os séculos XI e XIII), inclusive com a utilização de fertilizantes orgânicos através do cultivo de forrageiras em substituição ao pousio das terras (séculos XVIII e XIX) (MELÃO, 2010, p.2).
Somente no século XIX, com a chamada “Lei do Mínimo”, de Justus Von Liebig (1803 - 1873), a química através de seus principais elementos minerais (NPK) passa a assumir importância para o desenvolvimento das plantas em substituição à matéria orgânica natural. Essa nova prática surge como forma de eliminar o problema do esgotamento dos solos provocado pela monocultura, sendo amplamente difundido no mundo todo, desde o final do século XIX, durante o século XX e início do presente (MELÃO, 2010, p.2).
Fica evidente, então, que a conciliação das atividades agrícolas com as limitações do meio ambiente deixa de existir, sendo superada pelo artificialismo tecnológico (química), sem se levar em conta as leis da natureza. Lembre-se que essa etapa de desenvolvimento “tecnológico” da agricultura, onde o solo era considerado (e ainda é) apenas substrato das plantas, coincide com a da consolidação do capitalismo enquanto sistema econômico, que considerou os recursos naturais como inesgotáveis e a degradação ambiental como o preço a ser pago pelo progresso tecnológico (ASSIS, 2002 apud MELÃO, 2010, p.2).
As regras ecológicas básicas de gestão da natureza passaram a ser vistas como desnecessárias à prática agrícola, considerando-se que a