metodologia cientifica

introdução
A utilização da palavra “epistemologia” apresenta-se no contexto atual como uma expressão corriqueira, de uso estendido em trabalhos de cunho acadêmico, além de surgir frequentemente em falas, científicas ou não, para demonstrar uma ênfase na seriedade da pesquisa A correta acepção, porém, demanda um maior conhecimento no conteúdo e na utilização de conceitos, métodos e finalidades de um conhecimento científico. No caso da ciência geográfica, particularmente na discussão do espaço, tido neste trabalho como o real objeto de estudo da geografia, percebe-se que a construção epistemológica e contextual das discussões tornam-se fundamentais no sentido de promover maior aprofundamento da ciência e da própria Geografia.

identidade disciplinar: os sintomas de uma crise
De forma global, podemos dizer que a partir dos anos 50 uma grande parte dos geógrafos passa a reconhecer a insuficiência e fraqueza das bases teóricas que pretendiam sustentar o projeto cientifico da geografia naquele momento. Essa insuficiência provinha em grande parte da resistente idéia de que a ciência geográfica se identificava inteiramente com o conhecimento empírico dos lugares e não precisava necessariamente ultrapassar esse estagio, ou seja, não precisava criar teorias ou explicações abstratas gerais.
Ela seria, portanto, uma ciência diferente das demais pois não só privilegiava o conhecimento o concreto como se limitava a ele. As poucas concepções teóricas que circulavam eram vistas com desconfiança ou como algo acessório,quando não empobrecedor, o fundamental era a descrição da realidade.
Quando o problema do estatuto científico era levantado, devido a esse desinteresse em trabalhar como métodos teóricos, costumava-se apelar para quatro principais idéias como respostas, são elas:
1-a geografia é uma ciência de síntese
2-a geografia é uma ciência indutiva
3-a geografia é uma ciência ‘’charneira’’
4-a geografia é uma ciência do empírico Mais a