metodo
“Freqüentemente, o historiador, por desprezo pela teoria, é joguete inconsciente de teorias implícitas e simplistas”
– Jacques Le Goff, Para um Novo Conceito de Idade Média, Lisboa: Editorial Estampa,
1980, p. 15.
“Há tantos tipos de história quantas razões sérias para estar interessado no passado, e tantas diferentes técnicas de pesquisa histórica quantos métodos racionais de seguir esses interesses” –
Quentin Skinner, Liberdade antes do Liberalismo, São Paulo: Editora UNESP/Cambridge University Press, 1999, p. 88.
“Estude o historiador antes de começar a estudar os fatos” – Edward Hallet
Carr, O que é história?, 3ª ed. São Paulo:
Paz e Terra, 1996 (7ª reimpressão), p. 59.
Introdução:
Quando empregamos a palavra “história” em geral pensamos em um dos três sentidos: a) Um acontecimento; b) O relato de algo que aconteceu (considerado verdadeiro ou mesmo fictício); ou c) A ciência que se propõe a relatar o acontecido.
Seguindo Huizinga (1872-1945), podemos afirmar que o segundo emprego no senti1 do positivo é o mais comumente utilizado.
A nossa palavra portuguesa "História", é proveniente do grego i(stori/a, ("historía") que significa: "busca", "averiguação", "informação", "inquirição", "investiga2
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ção", "narração", "pesquisa". O verbo i(store/w ("historéõ") significa: "narrar", "aprender por inquirição", "interrogar", "buscar", "descrever". Em Hipócrates (c. 4601
Cf. Johan Huizinga, El Concepto de la Historia y Otros Ensayos, 4ª reimpresión, México: Fondo de
Cultura Econômica, 1994, p. 89.
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Heráclito, Fragmentos, 129. In: Damião Berge, O Logos Heraclítico: Introdução ao Estudo dos
Fragmentos, Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1969, p. 296; Johan Huizinga, El Concepto de la Historia y Otros Ensayos, p. 89-90.
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Ocorre uma vez no NT., sendo traduzido por “avistar” (Gl 1.18).
Algumas Considerações Metodológicas Sobre História – Rev. Hermisten – 2
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