metafisica
Kant, Crítica da razão Pura, Prefácio da 2a edição (1787). más de Aquino representa o apogeu da
Escolástica enquanto síntese totalizante do saber filosófico-teológico medieval. O Aquinate utiliza a filosofia metafísica de Aristóteles como instrumental para a inteligibilidade da teologia cristã, associando a questão aristotélica do Ser ao Deus da tradição judaico-cristã. A metafísica tomasiana parte da experiência do movimento causa-efeito no mundo para chegar a Deus como a Causa eficiente absoluta href="#_ftn2" title="">[2]. Nesse sentido situam-se as suas cinco vias para demonstrar racionalmente a existência de Deus. Tomás conserva de Aristóteles a racionalidade globalizante de um conhecimento que supera a dimensão do mundo físico-mutável para atingir a esfera do imutável e universal – o Ser – agora compreendido como o Deus cristão.
Porém a metafísica aristotélico-tomista começa a ser desconstruída criticamente sobretudo a partir do chamado nominalismo de
Guilherme de Ockam (1280-1349). Representante da universidade de Oxford, Ockam nega a existência real dos universais (ser, essência, ordem, causa…) para afirmar a individualidade. Esses universais são apenas criações lógicas da mente humana, símbolos das coisas – que na realidade são sempre múltiplas e