Metafisica cristã
A metafísica cristã surgiu a partir da necessidade de converter os intelectuais gregos, para os quais o dogma da revelação divina não bastava como argumento.
O que fez surgirem filósofos como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
O primeiro passo foi à incorporação pelo cristianismo do pensamento platônico e aristotélico, em certo sentido, deturpado.
Algo que originou o neoplatonismo, o estoicismo e o gnosticismo.
O neoplatonismo retomou a filosofia de Platão, revestida com um conteúdo espiritual e místico.
O mundo inteligível das idéias foi transformado em território do “uno”, local da inteligência de Deus, onde todos deveriam aspirar chegar através da meditação e dos dogmas da igreja católica.
Já o mundo sensível foi convertido na cópia imperfeita do divino, um mundo decaído em que os homens se encontram, devendo galgar graus para ascender ao paraíso.
O estoicismo mesclou conceitos de Platão e Aristóteles para afirmar que a realidade do mundo sensível e inteligível está interligada pela razão ou inteligência universal, a qual regula a realidade.
O homem não conseguiria alcançar esta inteligência por ser governado pela vontade e não só pela razão.
Para os estóicos, a porta para alcançar Deus é a aceitação da providência, o homem precisaria aceitar a vontade divina, guiando-se pela moral cristã.
Igualmente mesclada à filosofia de Platão e Aristóteles, o gnosticismo considerava o mundo sensível como resultado da vitória do mal sobre o bem, afirmando que a salvação estaria na libertação da materialidade, para viver em um mundo puramente espiritual.
Estas três tendências influenciaram e alteraram os dogmas cristãos, separando matéria e espírito, inaugurando discussões que dominaram a Idade Média, tal como a natureza do mau e do demônio ou a existência da Santíssima Trindade.
O objetivo destas discussões era óbvio: provar a fé e reafirmar o dogma da revelação, tornando fé e razão compatíveis.
Um problema que só seria resolvido