Metabolismo
Rev Med (São Paulo). 2008 out.-dez.;87(4):245-50.
Síndrome metabólica: diagnóstico e tratamento
Metabolic syndrome: diagnosis and treatment
Daniele Q. Fucciolo Penalva1
Penalva DQF. Síndrome metabólica: diagnóstico e tratamento. Rev Med (São Paulo). 2008 out.-dez.;87(4):245-50. RESUMO: A síndrome metabólica é definida com um grupo de fatores de risco que diretamente contribuem para o desenvolvimento de doença cardiovascular e/ou diabetes do tipo
2. A obesidade abdominal e a resistência à insulina parecem ter um papel fundamental na gênese desta síndrome. Seu tratamento deve ter como objetivo estimular mudanças no estilo de vida, que promovam a perda de peso.
DESCRITORES: Obesidade. Doenças cardiovasculares. Diabetes Mellitus. Hipertensão.
Resistência à insulina.
INTRODUÇÃO
A
Síndrome Metabólica (SM) tem sido alvo de muitos estudos nos últimos anos.
Ela pode ser definida como um grupo de fatores de risco interrelacionados, de origem metabólica, que diretamente contribuem para o desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV) e/ou diabetes do tipo 2. São considerados como fatores de risco metabólicos: dislipidemia aterogênica (hipertrigliceridemia, níveis elevados de apolipoproteína
B, partículas de LDL-colesterol pequenas e densas e níveis baixos de HDL-colesterol), hipertensão arterial, hiperglicemia e um estado pró-inflamatório e pró-trombótico1. Ainda não se estabeleceu uma causa única ou múltiplas causas para o desenvolvimento da SM, mas
sabe-se que a obesidade abdominal e a resistência à insulina parecem ter um papel fundamental na gênese desta síndrome1.
Existem muitas definições para a Síndrome
Metabólica (SM): NCEP/ATP III1; IDF2, OMS3 e outras, porém a definição da NCEP/ATP III é a mais amplamente usada, tanto na prática clínica como em estudos epidemiológicos. Trata-se de um guideline com foco no risco cardiovascular, que não usa como critério obrigatório a evidência de anormalidades na
insulina