Mestre

1041 palavras 5 páginas
Charles Tilly (1929-2008) graduou-se em Havard e teve parte de sua formação acadêmica fora dos Estados Unidos, permitindo-lhe uma maior visão sobre os estudos europeus, sobretudo os franceses. Em verdade, a trajetória de Tilly é mesmo marcada por multiplicidades. Esteve ao longo de sua carreira em contato com departamentos tanto de Sociologia como de Ciência Política e História. Isto lhe proporcionou um diálogo entre diversas áreas do conhecimento, lhe permitindo produzir uma vasta e rica pesquisa, com alto cunho empírico. Foi pesquisador e professor em diversas universidades norte-americanas e canadenses, tais como Harvard, Toronto e Michigan. No fim de sua vida ocupava o posto de professor na Universidade de Columbia.
Seus estudos mais conhecidos versam sobre questões de metodologia, de formação dos estados nacionais, de mobilizações coletivas, de mudanças nas macroestruturas e de democratização. Em sua vasta lista de publicações, aparecem nomes importantes para os estudos das Ciências Humanas como um todo, tais como From mobilization to revolution, de 1978; European revolutions, de 1992; Dynamics of contention de 2000; Stories, identities, and political change de 2002 e, sua última obra, Democracy de 2007. Estes entre outros aspectos fazem de Tilly leitura obrigatória para aqueles que estudam sociologia histórica.
O livro aqui analisado é intitulado Coerção, capital e Estados europeus e data de 1990. É o único título com tradução para o Português. Talvez isto seja um indício de que a obra de Tilly não seja tão disseminada pelos centros acadêmicos brasileiros de modo a ter um alcance muito específico àqueles que dedicam se dedicam aos altos estudos nos centros de pós-graduação do país.
Neste livro, o autor procura analisar de forma profunda a origem dos estados modernos. Ele é norteado pela ideia de trajetória histórica das instituições do estado e suas relações com mecanismos de aplicação, acumulação e concentração da coerção. Sua análise visa mapear

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