Mestre
ETIOLOGIA DA DISFUNÇÃO ERÉTIL
A disfunção erétil (DE), conhecida popularmente como impotência sexual, é caracterizada pela a incapacidade persistente em obter ereção peniana suficiente prolongada para a realização de atividade sexual satisfatória. Atualmente estima-se que em todo mundo existam 140 milhões de casos, e suspeita-se que em 2025 este número alcance os 300 milhões de casos documentados. Estudos referentes ao ano de 2006 apontaram que 45% da população brasileira acima de 18 apresenta algum grau de disfunção erétil. As frequências de DE mínima, moderada e severa são 31,2%, 12,2% e 1,7%, respectivamente (MOREIRA et al, 2001, SOUZA et al, 2011).
Os fatores de risco e os fatores desencadeantes normalmente relacionados à DE são: idade, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, cardiopatias, tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade, doenças prostáticas, depressão. Associados a estes fatores relaciona-se também ao desencadeamento da disfunção os perfis de abalos psicológicos, como baixa renda e baixo grau de escolaridade, ausência de parceira fixa e desemprego também são fatores associados a dificuldades de ereção satisfatória. Desemprego e estado civil solteiro têm sido também associados à presença de dificuldades de ereção. Apesar de não ser letal, a DE compromete o bem-estar e a qualidade de vida, bem como pode indicar a existência de doenças subjacentes, sobretudo aquelas relacionadas ao sistema cardiovascular (ABDO et al, 2006).
Os casos de DE são geralmente classificados em quatro diferentes tipos, de acordo com sua etiologia: psicogênicos, vasculogênicos ou orgânicos, neurológicos e endócrinos. A disfunção erétil vasculogênica é uma das principais representantes desse quadro, apresentando fatores de risco bem conhecidos e definidos, tais como pressão elevada, distúrbios alimentares, tabagismo e doença cardiovascular. Fatores como varicocele e doença veno-oclusiva também tem sido relatadas em associação a DE