Mestre
A-I - PRODUTOS EM SAÚDE
A principal decisão estratégica de uma empresa consiste na selecção das necessidades que vai satisfazer e em função disso dos produtos ou serviços que vai produzir.
Mas em Saúde: Quais são os produtos? Como se medem as necessidades? Como se compara? O que fazer de seguida com os produtos? Produzem-se Bens ou Serviços? Existe Mercado da Saúde? Como é o Processo Produtivo? O que se produz num Hospital? De que modo se define um produto hospitalar? Como e quem produz? Quais os instrumentos de gestão possíveis? Sistema de classificação de doentes (SCD); Gestão de situações de risco; Avaliação de desempenho dos intervenientes; Custos de produção, entre outros. São alguns dos temas que importa conhecer.
Começamos por definir produtos em Saúde: são a provisão de serviços (cuidados de saúde) adequados para melhorar a situação de saúde de cada consumidor (Hornbrook, 1982, citado por Costa, 2008), onde se privilegia o resultado final do tratamento em detrimento da quantidade dos produtos intermédios que lhe são disponibilizados.
As organizações de saúde em geral e os hospitais em particular são frequentemente reconhecidos por terem particularidades e especificidades que conferem uma especial complexidade ao seu processo produtivo e à sua gestão. (Jacobs, 1974 e Butler, 1995, citado por Costa, 2008).
Estas questões estão associadas às condições próprias do mercado onde operam, onde avultam os aspectos relacionados com a assimetria de informação, com a limitação na soberania do consumidor, com a existência de uma integração vertical incompleta, com a procura derivada, com a relação de agência e com a irrelevância do factor preços para racionalizar a tomada de decisões (Evans, 1984, citado por Costa, 2008).
Por outro lado, existem alguns aspectos internos, como a existência de uma dupla linha de autoridade, uma decisão sectorizada, o carácter multiproduto da sua actividade e a existência de um