Mestre
NA AMAZÔNIA
Igor Chmyz*
RESUMO: Este artigo relaciona as abordagens realizadas pelo
Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas na Amazônia
Brasileira e apresenta os textos referentes ao Estado do Amapá incluídos no presente volume da revista Arqueologia. Comenta, também, a prática arqueológica junto aos estudos de impacto ambiental; Palavras-chave: Arqueologia do Amapá; Arqueologia da
Bacia Amazônica; Estudos de Impacto Ambiental; Radiometria.
INTRODUÇÃO
Este artigo, à guisa de apresentação dos textos publicados neste volume, historia sucintamente os trabalhos realizados pelo Centro de
Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná
- CEPA/UFPR - na Amazônia Legal Brasileira¹.
Embora tenha sido criado em 1956 para formar arqueólogos e incentivar pesquisas no Estado do Paraná, o Centro tinha como finalidade, também, a execução de trabalhos em outros pontos do território brasileiro.
Por isso, na sua trajetória, abordou sítios nos estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
No espaço da Amazônia tentou efetivar, em 1967, a sua primeira pesquisa. Na época, Rodrigo Mello Franco de Andrade, diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, desejando obter informações sobre a arqueologia do Maranhão, solicitou ao CEPA um projeto que, ao ser executado, fornecesse um diagnóstico das ocorrências na ilha de São Luís e nos lagos da Baixada Maranhense. Os dados mais consistentes daquelas regiões eram devidos a Raymundo Lopes, que as percorreu na primeira metade do século XX (1923;1931).
* Pesquisador do CEPA/UFPR
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1
Espaço geográfico que, conforme o Decreto-Lei nº 5.173/66, abrangia os então territórios de Rondônia, Roraima e Amapá, os estados do Acre, Amazonas, Pará e Mato
Grosso, além do Estado do Maranhão até o meridiano de 44º e o de Goiás até o paralelo de 13º.
Arqueologia, Curitiba, v. 9, p. 1-16,