Mesopotâmia
Fontes históricas dão conta de que os sumérios já habitavam o sul da Mesopotâmia por volta do ano 4 mil a.C.. Mais tarde, ao norte daquela região, outro grupo de povos se fixou. Eram os acadianos, também chamados de “acádios”. De origem semita (da região da Península Arábica), os acadianos incluíam culturas, como a dos hebreus, dos babilônios e dos fenícios. Tendo se instalado na Mesopotâmia, não tardou para que os acadianos começassem a rivalizar com os sumérios pelo domínio dos canais de irrigação e o aproveitamento dos recursos hídricos dos rios Tigre e Eufrates. De qualquer modo, por volta de 2350 a.C., esses povos se unificaram sob o comando do rei Sargão I, dando origem a um império que viria a ser chamado de “Império Acadiano” ou “Primeiro Império Mesopotâmico”. Tendo conquistado a Suméria, Sargão I não organizou seu governo a partir da autoridade de uma cidade-Estado sobre outra. Ao invés disso, ele estabeleceu um império unificado, integrando as cidades num todo.
Curiosamente, o Império Acadiano não implicou o fim da Suméria e sua rica cultura. Ao contrário, houve a associação de elementos dos dois povos. Por isso, é frequente falar-se em culturas “sumério-acadianas”. Um exemplo da manutenção de elementos da cultura suméria é a religião. Apesar do avanço Acadiano, os pressupostos religiosos e os mitos sumérios se mantiveram presentes no novo império. Ao invés de serem extintos, tais elementos foram adaptados para a língua dos recém-chegados. Eles também receberam novas características, como a adoção de rituais de adivinhação e a realização de sacrifícios para agradar as divindades.
Outro elemento cultural importante que os acadianos assimilaram foi a escrita suméria. Com o advento da escrita, surgiram as escolas. Mas a educação não era universal nem obrigatória. Nessas instituições, as pessoas eram educadas da infância ao começo da fase adulta. Em geral, as escolas serviam para formar escribas, que, mais tarde, viriam a