Mercador de Veneza
A história se passa na Veneza do século XVI, uma das cidades mais desenvolvidas e liberais do período. De acordo com o site judeu Morashá, nesta época os judeus eram isolados em guetos e muito discriminados. Os guetos foram a solução encontrada pelo Senado, para continuar se beneficiando economicamente dos judeus, e, ao mesmo tempo, reduzir o contato destes com o restante da população.
Graças à expansão marítima a presença do mercantilismo se tornou evidente, assim como a íntima relação entre economia e Estado, tal relação, de acordo com Wolkmer (2006), era baseada na liberdade dada aos agentes econômicos privados, essa liberdade era compensada pelo poder arbitrário da autoridade pública, num estado monárquico absolutista que encontrou no direito romano um instrumento importante para a centralização política e administrativa.
No campo econômico Wolkmer (2006) apresenta o cenário de que, com o desenvolvimento da burguesia européia, o capitalismo mercantil exigiu uma nova estrutura jurídica, um direito mais estável, garantindo a segurança jurídica e institucional às operações comerciais, ou seja, o capitalismo exigia um Estado que propiciasse estabilidade.
2.1 A trama da história da peça_ Delimitação do problema
Após a leitura da obra O Mercador de Veneza, de Willian Shakespeare, e da ideia retirada de Quaresma (2010), constata-se que a trama se desenvolve na Veneza do século XVI, onde Bassânio pediu emprestados três mil ducados ao amigo António. O objetivo de Bassânio era viajar a Belmonte e cortejar a jovem Porcia, herdeira do rico Belmonte. Porém, António, mesmo sendo um senhor rico, não pode emprestar tal valor, pois todo seu dinheiro se encontra investido em empreendimentos no exterior.
Sendo assim, António sugeriu a Bassânio que pedisse emprestado na praça, tornando-se António o avalista de tal situação. Bassânio procurou Shylock, judeu agiota de Veneza, e pediu os três mil ducados a ele, por três meses, colocando