Mercado
O mercado imobiliário e a busca por modelos sustentáveis
Recentemente muito se tem discutido se é hora de vender ou comprar imóveis. O momento é bom para realizar o lucro? Os preços vão continuar subindo? Vão cair? Como o mercado imobiliário irá se comportar? Nos últimos quatro anos em São Paulo e no Rio de Janeiro, os preços dos imóveis residenciais aumentaram 140% - dados da Capital Economics. Em 2009, a alta no valor das casas e apartamentos no país foi de 22%, a terceira maior do mundo e, em 2010, a valorização chegou a 25%. O Brasil ficou com o primeiro lugar no ranking das maiores altas, o que tornou o mercado imobiliário brasileiro o mais caro da América Latina. Em 2012, encerrou o ano com a segunda maior valorização de imóveis no mundo, um aumento real de 19,79% nos preços e ficou atrás apenas da Índia no ranking da variação dos preços realizado pelo site Global Property Guide, que auxilia investidores na busca de imóveis ao redor do mundo.
Mas afinal, os preços chegaram ao topo, ou, ainda, há espaço para valorização? Ou a tendência agora é que os preços se acomodem – ou até caiam? A combinação de fatores como anos de estabilidade econômica, renda em ascensão, inflação sob controle, queda histórica na taxa de desemprego média, baixa das taxas de juros que facilitam o acesso ao crédito, aumentaram a demanda por imóveis e consequentemente forçaram o aumento do valor dos mesmos.
Além da lei da procura e da oferta, outro ponto que impulsionou a alta foram os custos de construção que sofreram enorme pressão, com a escassez de mão de obra qualificada e perda de produtividade das construtoras, fora as próprias altas nos preços dos terrenos. Devemos lembrar que o mercado imobiliário é um mercado "descontrolado" quanto maior a oferta quer seja por terreno, material de construção ou mão de obra o preço sobe, não existe "órgãos reguladores" capazes de coibir os abusos. Outro ponto interessante a se destacar é que o aumento no preço dos imóveis no