MERCADO DE S O BRAS PART LUCY
Construído no ano de 1910 e inaugurado no ano de 1911, pelo arquiteto e engenheiro Fillinto Santoro, o mercado de São Brás foi erguido na intendência de Antônio Lemos e na era do ciclo da borracha amazônica – Bellé Époque, outrora também em função da grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém – Bragança, como intermédio de ligação devido a sua localização o mercado passou a ser responsável por abastecer a cidade.
Com requintes luxuosos desde sua construção por mão de obra “importada” da Itália, assim como os materiais que o compôs (ferro, azulejos), o monumental mercado de São Brás foi concebido pelo intendente da época visto “embelezador, nos moldes europeus, de Belém”; como forma de demostrar sua marca, este ordenava que suas construções explicitassem seus alardes, logo o mercado passou a ser contemplado e visto semelhante a uma obra de arte. No decorrer dos anos ele sofria com as alterações vindas das influencias globalizadas, como se há de perceber, todas essas alterações ocorridas no espaço que circundou o mercado, tiveram um objetivo que se manteve obsoleto sob a edificação desde a sua inauguração até os dias de hoje. Motivo este, que configura a paisagem cultural constituída pelo homem como sendo fruto da produção dinâmica que compõem a vida cotidiana das pessoas. O capitalismo é o grande precursor de tantas mudanças, o mercado antes mantinha suas funções iniciais de comercialização bem mais evidentes que até os dias de hoje indiscutivelmente o caracterizam como patrimônio histórico; o prédio em si serviu como um objeto dessa mudança.
“É uma obra no sentido de uma de arte, onde o espaço é organizado e instituído segundo exigências éticas, estéticas e ideológicas do momento histórico em que são implantados.” (Lefebvre, A produção do espaço. 2008, p28).
Lefebvre, explica o sentido do espaço através de características que ele toma como sendo principais para que um objeto seja visto envolvido