Mercado de Not cias
Furtado faz um encadeamento da discussão trazendo em primeiro lugar o debate a respeito da atividade jornalistica, qual é o papel do jornalista e qual o papel do repórter. Reforça a importância do papel crítico do jornalista durante a busca, construção, validação e divulgação de uma noticia. Nessa divulgação, que sempre será a verdade vista através dos olhos e concepções do jornalista, essa verdade sofrer modificações, ganhar algumas “alegorias”, ou pode ser o mais clara e objetiva possível, porém, sempre expressará o ponto de vista do jornalista. Dessa forma ele levanta a discussão sobre “a quem” esse ponto de vista vai interessar?
Apesar da linguagem um pouco mais alegórica mostrada nos trechos reproduzidos da peça de Ben Jonson, esse raciocínio é complementado de maneiro mais direta através dos depoimentos dos jornalistas convidados por ele. Durante todo o documentário Furtado passeia entre a peça, mostrada em pequenos sketches (o que dá um aspectos de programas televisos), e as entrevistas dos jornalistas (o que traz a característica de documentário). Inicialmente esses dois lados do documentário podem parecer um tanto quanto desconectos, mas à medida que o filme avança, eles cada vez mais se complementam e começam a funcionar como um único diálogo.
O documentário mostra que transforma a notícia em mercadoria é o fato dele poder ser manipulada por que às veicula. Essa dualidade fica evidenciada quando o personagem Pila Júnior está na barbearia e pergunta ao barbeiro pelas notícias e, nesse momento, o barbeiro lhe responde com um trocadilho “um mercado de notícias