MENINGITE - TRATAMENTO EM PISCINA TERAPÊUTICA
Desde os tempos remotos, a hidroterapia tem sido utilizada como recurso para tratar doenças reumáticas, ortopédicas e neurológicas; entretanto, só recentemente é que essa tem se tornado alvo de estudos científicos. As propriedades físicas da água, somadas aos exercícios, podem cumprir com a maioria dos objetivos físicos propostos num programa de reabilitação. O meio aquático é considerado seguro e eficaz na reabilitação, pois a água atua simultaneamente nas desordens musculoesqueléticas e melhora o equilíbrio.1,2 Através dos conhecimentos de hidroterapia, inseridos no conjunto de conhecimentos fisioterapêuticos, o fisioterapeuta pode compreender os benefícios, os limites e as contra indicações do tratamento no meio aquático.3
Os efeitos fisiológicos dos exercícios, combinados com aqueles que são causados pelo calor da água, são uma das vantagens da atividade nesse meio. Não há diferença entre adultos e crianças quando se trata de imersão na água, em relação à temperatura do corpo, intensidade dos exercícios, variando conforme o tamanho do paciente.4 Quase todos os efeitos biológicos da imersão estão relacionados com os princípios da hidrodinâmica e termodinâmica, dentre eles destacam-se a densidade, pressão hidrostática, flutuabilidade, viscosidade e temperatura da água.5,6 Os efeitos da água podem atuar das seguintes formar: Sistema cardiorespiratório: Durante a imersão, a água exerce pressão sobre o corpo. Um efeito importante desse aumento de pressão acontece no sistema de retorno venoso, que é sensível a diferenças de pressão externa.7 Sistema musculoesquelético: A transferência de calor quando da imersão em temperaturas acima da termoneutra (37°C) podem ocasionar vasodilatação e aumentar o fluxo sanguíneo muscular. O auxílio da flutuação diminui a sobrecarga articular e favorece uma atuação equilibrada dos músculos, proporcionando um ambiente de fácil movimentação e que pode potencializar a realização de exercícios que não