meninas perdidas
“ Não há ente mais carinhoso do que o da mulher educada em certo meio de vida, mas também não existe animal mais perverso do que a própria mulher quando entregue a um meio viciado”. O meio viciado, falta da honra, falta da educação, são as expressões de médicos, juristas e etc. sobre as moças pobres, negras e brancas e elas podem ser encontradas até hoje nos locais de grande pobreza. No final do séc. XIX, houve uma política jurídica, médica, preocupada com a população e a formação de trabalhadores e cidadãos sadios, esta transformação vinha das transformações da sociedade brasileira. A transição do trabalho escravo para o trabalho livre, que vinha se impondo cada vez mais. Neste sentido a própria publicação de um novo código penal, foi um importante instrumento da disseminação do trabalho e de mão de obra já que não se podia mais acorrentar o trabalhador ao local de trabalho. Para sociedade brasileira, juristas, médicos e pessoas influentes era um desafio muito grande por nos eixos a população pobre em geral, principalmente os negros que já vinham com o vício da pobreza e da escravidão.
As palavras de Viveiros de Castro por exemplo:
“ o mais difícil era aperfeiçoar moralmente uma população marcada pelo temperamento sexual... e caráter sensual, talvez pela influência do clima tropical, da alimentação forte, da hereditariedade de duas raças que se confundem na mestiçagem”. Para os principais juristas suas preocupações era organização da política voltada a disciplina dos comportamentos sexuais especialmente os de defloramento. O código penal