Meninas com perfeito desenvolvimento escolar
Percebemos isso quando a professora fala para sua irmã do aluno que de certa forma é uma exceção entre os demais meninos, pois usa a seguinte expressão: “olha o caderno dessa menina como é caprichado”.
Assim, gênero tem sido cada vez mais usado para referir-se a toda construção social relacionada á distinção hierarquia masculino/ feminino, incluindo também aquelas construções que separam os corpos em machos e fêmeas, mas indo muito, além disso. As diferenças ou semelhanças entre os sexos e as intenções e relações de poder entre homens e mulheres são apenas parte do que é abrangido pelo conceito de gênero assim definido, e não podem mesmo elas, ser interiormente explicadas apenas nesse âmbito, pois estão sempre articuladas a outras hierarquias e desigualdades de classe, raça/ etnia, idade, etc. A partir da observação da diferença sexual na natureza, diversos significados culturais são construídos. As diferenças entre masculinidade e feminilidade são utilizadas com um meio de decodificar o sentido e compreender o universo natural e humano observado.
Segundo Scott, os conceitos de gênero estruturam a percepção e a organização concreta e simbólica de toda a vida social.
É necessário, pois que professores abram mão de repertórios e valores pessoais marcados por preconceito de classe, raça e gênero presentes no senso comum. A educação deve voltar-se para o multiculturalismo, em que os preconceitos devem ser deixados de lado. As oportunidades devem ser iguais para todos e para isso devemos alcançar uma educação justa frente ás relações raciais e de gênero, enfrentando as questões ligadas a preconceitos histórico-sociais, promovendo assim a diversidade no âmbito educacional e